Educação Financeira É Papel Das Escolas?
De acordo com os dados do SERASA do final de 2020, no Brasil existem cerca de 61, 4 milhões de brasileiros com o nome sujo. Sobretudo, quando analisamos a situação financeira na qual o Brasil vive existe um nível de complexidade muito grande que o envolve. Não se trata apenas de um fator, mas vários e uma das raízes do problema tem a ver com a educação financeira que acaba trazendo indíces tão complexos.
Como Funciona A Educação Financeira Nas Escolas
No ranking global feito com 144 países pela S&P Ratings Services Global Financial Literacy Survey ele ocupa 74º posição com relação ao nível de educação financeira global.
Quando o assunto é educação, apesar de existir a matemática dentro das escolas que abrange as finanças. Não se trata apenas de cálculos, a educação financeira também é um planejamento e conhecimento de alguns processos burocráticos. Nesse sentido, a escola deve ser aquela que abre o aluno para o entendimento de como tudo funcionam e preparar ele para lidar com questões burocráticas.
No entanto, o que acontece é que muito do que é ensinado, embora seja importante a níveis de provas e vestibulares, acabam não fazendo parte da vida cotidiana de um cidadão que quer ter uma vida financeira controlada. Ou seja, há, portanto, uma falta de preparo pra ensinar alunos a saber investir, poupar e aplicar melhor o seu dinheiro. Além do conhecimento supérfluo sobre a matemática que é ensinada, ainda há falta de ensino diretamente sobre finanças.
Dessa forma, em um ambiente de educação precário, quando esse aluno se torna adulto acaba encontrando desafios em lidar com o dinheiro. Dívidas altas, investimentos errados, não saber no que investir, o que comprar. Até mesmo como quitar uma dívida, tudo isso acaba trazendo muita dor de cabeça para as finanças de muitas pessoas. Mas será que a escola é a única culpada nesse processo?
A Escola É A Única Responsável Pela Educação Financeira?
Sobretudo, uma das grandes questões da qual é comum aqui no Brasil é a culpabilização completa da escola por problemas com a educação das pessoas de modo geral. Porém, embora a educação seja falha e possua de fato sua parcela de culpa. Não é ela a única responsável por estruturar uma educação financeira. Segundo o artigo 227 da Constituição Federal,
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. (Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
Nesse sentido, dentro do que a própria constituição diz vemos que há uma obrigação tanto da família, quanto do estado e sociedade em assegurar a educação da criança. Portanto, os pais também devem estar participando dessa educação, orientando os seus filhos financeiramente falando. Porém, e quando os Pais não possuem uma boa educação financeira?
E Quando Os Pais Não Possuem Uma Boa Educação Financeira?
Se em muitos casos existe um ciclo onde os Pais não possuem educação financeira boa, como poderão passar aos seus filhos? Esse em si já é um problema que tem raízes sociais, familiares e do estado.m Sendo assim, a solução muitas vezes é justamente esse reforçar do estado com relação a educação financeira. Ao envolver os Pais com o núcleo escolar, ministrando lições de finanças importantes não somente para os Pais, como também para os seus filhos. Nesse sentido, é sempre importante que a escola e a família trabalhem em conjunto.
Por fim, sim, a educação financeira é um papel que a escola precisa ocupar de maneira participativa, mas não é o tudo. É preciso um diálogo com os Pais sobre esse assunto de extrema importância para a formação de adultos mais conscientes com relação as finanças.
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